Era 1998. Roseana Sarney estava disparada na corrida eleitoral em busca de sua merecida reeleição para o Governo do Estado. Obviamente, para voltar aos Leões, não precisava investir nas eleições de deputados estaduais. A Assembléia Legislativa estava sob o comando do todo poderoso deputado Manoel Nunes Ribeiro Filho, que seguia qualquer caminho, mesmo que espúrio, para reeleger colegas de sua confiança, objetivando seu retorno à presidência da casa. Diante da batalha desesperada para dar musculatura financeira aos seus apaniguados, surgiu a ideia de surrupiar o super-abastado FUNDO DE APOSENTARIA E PENSÃO DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA. Na presidência do órgão, figurava o deputado José Orlando, oriundo das areias brancas da bela cidade cidade de Tutóia, fiel cumpridor das ordens nauseabundas do presidente de uma casa que deveria ser do povo.
Liquidado, o Fundo de Aposentaria e Pensão acabou se transformando em uma instituição de crédito, abrindo empréstimos robustos para ajudar no financiamento da corrida dos parlamentares de volta ao Plenário Manoel Beckman. Esgotado o patrimônio financeiro, a instituição partiu para fabricar e conceder aposentarias a torto e a envergado. Houve manobras até para legitimar imaginários mandatos do futuro e buscar complemento em um passado longícuo, até mesmo de vereador em qualquer cidade do Estado, visando completar os 100% do salário de um deputado estadual.
Para coroar e abençoar a farra com o dinheiro público, o senhor Governador da época, José Reinaldo Carneiro Tavares, chamou essas podres aposentarias vitalícias para a folha de pensionistas do Estado do Maranhão. (vergonhoso ato).
Diante desse quadro sórdido, e numa época em que ecoa em todo o País a urgente e necessária reforma da Previdência, é preciso que a onda de moralização Nacional venha a quebrar também nas praias poluídas da política maranhense.
Com a palavra o Ministério Público das esferas Estadual e Federal.
J. J. Pereira Curto e Grosso!
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