O cenário político do governo Flávio Dino no âmbito da ilha rebelde, me leva a 1965.
Naquele época, o Governador Newton Belo se viu sufocado pelas pressões dos aspirantes à sua sucessão, que culminaram com o rompimento amargo com o todo poderoso senador Vitorino de Brito Freire. Sem entendimento, o governo partiu com o ex-prefeito Antônio Eusébio da Costa Rodrigues. Enquanto isso, a ala vitorinista apostou todas as fichas no jovem capitão de fragata da Marinha Brasileira Renato Archer Bayma da Silva, com fortes raízes na cidade de Codó. Correndo por fora, um grupo de poetas e intelectuais montou as "Oposições Coligadas", lançando o jovem jornalista, advogado e deputado federal José Sarney pela União Democrática Nacional - UDN. Com isso, um sentimento de renovação tomou conta do Maranhão. Os discursos de Sarney eram consistentes e eletrizantes, levando à inevitável, esperada e esmagadora vitória
naquele memorável 03 de outubro de 1965. A quebra da Oligarquia vitorinista caiu como um mega meteoro, com repercussão em todo o Território Nacional. Isso significa, que, ambições excessivas, ausência de experiência, vaidades cegas e ilimitadas e falta de um comando com crédito político, geralmente desaguam nas águas poluídas das derrotas, levando o governador a bater palmas com uma mão só, na rua da amargura, esquina com a solidão.
J. J. Pereira - jornalista MTB 00613JP é curto e grosso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário