sexta-feira, 16 de agosto de 2019

QUEDA E DESGASTE – Derrubada de cajueiro a foice e punhaladas de companheiros estão tirando o sono do governador



Apesar da robusta campanha midiática de televisão bancada pelo Governo do Estado para mostrar a todos que ‘tudo vai muito bem obrigado no Maranhão’, na realidade, a situação parece ser bem diferente. Mesmo com o reforço dos inúmeros canais da blogosfera que leem e divulgam a “cartilha leonina”, além do arsenal publicitário em nível nacional, o desgaste da imagem do governador Flávio Dino (PCdoB) é nítido.

E as coisas começaram a sair do prumo de forma mais evidente nesse segundo mandato, talvez por falta de diálogo, excesso de teimosia e imperícia da equipe de governo do chefe comunista. Assim, o caminho do governador parece ter ficado tão perigoso e cansativo quanto transitar pelas rodovias estaduais maranhenses. Basta tomar como exemplo a MA-006 que cruza o estado de norte a sul e que está em estado deplorável e até mesmo, as chamadas “novas estradas”, como a MA-315 que liga Paulino Neves a Barreirinhas. Essa rodovia teve seu pavimento dissolvido por causa do péssimo material aplicado que não resistiu ao período chuvoso.

Flávio Dino: maré de azar e rotulado como arrogante e autoritário

Mas o que está mesmo tirando o sono de Flávio Dino neste mês de agosto é o alardeado impasse entre o seu governo com moradores da comunidade Cajueiro, zona rural de São Luís, que tomou proporções negativas Brasil afora, com ecos no Congresso Nacional, onde Dino foi rotulado por seus opositores como arrogante e autoritário. A falta de habilidade por parte do governo para lidar com o caso, somada à truculência imposta pela Polícia Militar contra os moradores do lugar desgastaram ainda mais a imagem de Flávio Dino.

Pode-se até sugerir que a rapidez com que o governador agiu para cumprir essa decisão judicial de reintegração de posse, se contrapõe ao seu discurso de ações e prioridades em favor dos menos favorecidos e dos trabalhadores rurais. Tudo isso está provocando um desconforto que poderia ter sido evitado se o diálogo do passado fosse exposto à opinião pública horas antes dos efeitos colaterais do cumprimento da decisão judicial. O desgaste aumentou ainda mais quando a Tropa de Coque da PM, agindo com força desnecessária, usando spray de pimenta e gás lacrimogênio, expulsou alguns moradores do Cajueiro que estavam acampados na calçada do Palácio dos Leões.

Para piorar o quadro de insônia do governador do Maranhão, nesta quarta-feira (14), o Tesouro Nacional divulgou dados em que 12 estados brasileiros superaram em 2018 o limite da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) de 60% da receita corrente líquida em gastos com pessoal, incluindo ativos e aposentados. De acordo com os números, o Maranhão é um dos estados que ultrapassaram o limite de 60% da LRF.

Soma-se a essa onda de maré de azar que envolve o governo do Maranhão, apunhaladas de algumas companheiras “aliadas” de Flávio Dino que só estão reforçando o seu inferno astral. A turma do PSOL criticou a postura de Dino que, segundo a “legenda aliada”, discursa de uma forma nacionalmente e como governante, age de outro jeito. Já a deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB-AC) foi a responsável pelo pedido de vistas que culminou com o adiamento, por mais duas sessões, da apreciação do Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (AST), assinado entre Brasil e EUA, para uso comercial da base de Alcântara para lançamentos de satélites com componentes americanos.

Por outro lado, na sexta-feira (09), a presidente Nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffman, em entrevista ao site UOL, foi categórica ao afirmar que o Partido dos Trabalhadores, seguirá, de novo no papel principal no filme ‘Rumo ao Palácio do Planalto’. Ela disse que em 2022 a legenda terá candidatura própria, tirando de cena, pelo menos por enquanto, qualquer parceria com Flávio Dino.

O drama vivenciado pelo governador maranhense também está ancorado à beira-mar, mais precisamente no Porto do Itaqui, onde fiscalizações são as mais severas possíveis e a federalização do complexo portuário de São Luís deve ser uma questão de tempo. Resta ao governador tentar dormir bem, remar contra essa maré de azar e navegar com seu barco governamental por esse turbulento mar chamado Maranhão, devendo eliminar de sua bagagem, para o bem de todos, peças desnecessárias como a foice e o martelo.

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