domingo, 29 de dezembro de 2019

A MUDANÇA DA DISSIDÊNCIA



Quarta feira, dia primeiro de janeiro completará  cinco anos de um novo comando do Maranhão. Lembro do dia 31 de janeiro de 1.966, quando eu, com apenas onze anos de idade ouvi pelo rádio o eloquente e esperançoso discurso de posse do poeta, jornalista e advogado José Sarney, no Governo do Estado, quebrando uma oligarquia de vinte e quatro anos que desgraçava o Maranhão pelas mãos de ferro e das carabinas do pernambucano Vitorino de Brito Freire. De lá para cá, houve diversas alternâncias no poder; os inimigos de Sarney, Pedro Neiva de Santana, Osvaldo da Costa Nunes Freire, Jackson Lago e outros também comandaram o Maranhão. No entanto, foram incompetentes e nunca evitaram que o velho cacique retornasse ao poder, direta ou indiretamente.

Agora, a nova geração da política maranhense, segundo aspira, tenta emplacar um novo líder, ou um novo oligarca? Só depende dele, Flávio Dino, que não venceu a eleição pela oposição, mas por uma dissidência do grupo Sarney. E posso provar isso: Qual a procedência de Zé Reinaldo, de Roberto Rocha, de João Castelo, de Humberto Coutinho, de Cleomar Tema, de Rubens Pereira, de Valdir Maranhão, de Edson Vidigal, de Biné Figueiredo, Deoclides Macedo  e do próprio Flávio Dino? É público e notório que todos esses políticos que vestem  o fardão de heróis pela quebra de uma oligarquia, dela participaram, sobreviveram e se projetaram para o golpe final. Não condeno isso, segundo nos ensinou a história da política desde o Maranhão província, passando por Urbano Santos, Benedito Leite, Marcelino Machado, Magalhães de Almeida e tantos outros, atos assim, viraram tradição e até já se inseriram  na história como fator de cultura. Para se ter ideia, Joaquim Silvério dos Reis, quando traiu a Inconfidência Mineira, foi agraciado com o cargo de chefe de Polícia no Maranhão. Aqui morreu e é sepultado na Igreja São João. Só não posso concordar  é que  a velha oposição tenha tido mérito e fôlego para  vencer o pleito eleitoral com o audacioso e vigoroso projeto de alçar vôo  rumo a uma nova e quiçá progressista  oligarquia. Portanto, fica claro que para se ter o direito de se pregar uma "Mudança" foi necessário que o Grupo Sarney se dividisse ao meio e contasse com o  pequeno espólio de Jackson Lago para completar.

Um capítulo que estreou com propostas de mudanças para uma nova era de desenvolvimento e modernidade política. Todavia, a única mudança que se firmou no Maranhão são as ações utópicas de um governo fascista e inoperante. Para se ter idéia, o governo da suposta mudança está com sessenta meses que não concede um centavo de reajuste, nem de aumento salarial para os servidores estaduais; não cumpriu o Plano de Cargos e Salários deixado em pleno vigor pelo governo pretérito; ainda entrou na Justiça com uma Ação Rescisória para não pagar 21,7% aos funcionários conquistados a duras penas no Supremo Tribunal Fedral-STF. Para coroar a tortura imposta aos servidores públicos, usou seus lacaios da Assembléia Legislativa para aumentar de 11 para 20% a alíquota previdenciário.

Aqui no Leste, prometeu a estrada Passagem Franca-Lagoa do Mato- Parnarama e a MA 040 de Timon a Parnarama. 

Para mais decepções da nossa sofrida gente, essas obras não foram concretizadas.

J. J. Pereira - jornalista MTB 00613JP é  curto e grosso

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