sábado, 18 de janeiro de 2020

A TRAJETÓRIA DE UM GRANDE LÍDER


  
Antes de arrotar ódio e derramar veneno pelos cantos das bocas imbecis e ignorantes, deveriam pesquisar e ler a trajetória do estadista José Sarney.  

Com 14 anos de idade acompanhado de seu irmão Evandro, saiu de sua acanhada Pinheiro à bordo de uma lancha e chegou a São Luís para prestar o exame de admissão ao curso ginasial. Subiu a rampa Campos Melo e embrenhou-se na grande ilha. Exitoso no exame, matriculou-se no Liceu Maranhense. Em pouco tempo, o garoto das barrancas do Pericumã revolucionou o colégio, tornando-se presidente do Grêmio Estudantil e consagrado pela juventude pujante como  um extraordinário líder estudantil.

Foi repórter  do Jornal "O Imparcial". Conhecedor profundo da ilha rebelde e estudioso dos problemas que afligiam todo o Maranhão. 

Formado em direito, acendeu à condição de diretor do Tribunal Regional Eleitoral-TRE.

Com 26 anos de idade assumiu seu primeiro mandato na Câmara Federal, onde surpreendeu grandes vultos do parlamento brasileiro com sua oratória eloquente e persuasiva. 

Com 35 anos, Sarney apoiado por um grupo de intelectuais, se candidata ao Governo do Maranhão, encarando o desafio de enfrentar as carabinas do oligarca Vitorino de Brito Freire. Hábil, conquistou o apoio do grande líder Clodomir Teixeira Millet, o responsável por uma grande revisão eleitoral que devastou a fraude eleitoral, que campeava  vergonhosamente em todo o Estado.

Inusitadamente, os Leões se desentenderam, causando um racha na oligarquia. O Governador Newton de Barros Belo, de origem sambentuese rompe com o poderoso chefão Vitorino Freire e lança o ex-prefeito da capital, Antônio Eusébio da Costa Rodrigues para o pleito governamental. Vitorino Freire, lança o jovem capitão de fragata da Marinha Brasileira, Renato Archer Bayma da Silva, filho do ex-governador Sebastião Archer, de tradicional família de Codó. Sarney parte com as posições coligadas. Eleição de 3 de outubro  de 1965, apuradas as urnas, o candidato de Pinheiro  dispara. Somados os votos dos dois adversários, ainda assim não ultrapassaram a sua votação. 

No dia 31 de janeiro de 1966, José Sarney toma posse ovacionado pelo povo. As bandeiras de um "Novo Maranhão" tremulavam na avenida Pedro II. 

Findava ali, a  oligarquia das carabinas vitorinistas que emperrava a máquina estatal e nos  mergulhava  nas águas turvas do atraso.

Sarney recebeu um Estado  sucateado e agonizando nas garras da corrupção. Contudo, partiu para a luta. Montou uma equipe competente e fez a mais arrojada gestão de todos os tempos da história maranhense. Construiu as seguintes obras: a ponte de São Francisco, ligando o centro histórico a toda a  orla litorânea; a Barragem do Bacanga; as primeiras quinhentas e vinte casas populares distribuídas entre os bairros de São Francisco, Cohab, Ipase e Maranhão Novo; o asfaltameneto da rodovia São Luis-Teresina; o Porto do Itaqui, abrindo as portas do Maranhão para os horizontes sem fins da Esperança; em sintonia com Petrônio Portela, foi feita a Barragem de Boa Esperança, ( projeto do saudoso deputado Milton Brandão do Piauí); com o lema: uma escola primária  por dia, um Ginásio por mês e uma faculdade por ano, inaugurou cinquenta e quatro ginásios, através do "Plano Bandeirante"; criou a Universidade Federal do Maranhão-UFMA e a Universidade Estadual do Maranhão-UEMA; abriu grandes avenidas na capital e estimulou a iniciativa privada através da 
Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste-SUDENE; endureceu a Segurança Pública no combate à pistolagem que imperava no Estado; criou a Telecomunicações do Maranhão S/A ( TELMA ), à época com sistema de rádios, facilitando as comunicações entre os órgãos oficiais maranhenses, mormente  com as prefeituras do interior; equilibrou o Estado e o planejou para o futuro. Sarney fez tudo isso e muito mais, em apenas três anos e seis meses. 

Como senador, liderou a bancada maranhenses das duas casas no Congresso Nacional viabilizando recursos para asfaltar as rodovias federais 135, 222, 316, 010, 230, 226 e outras; lutou e conseguiu a construção da Ferrovia de Cararajás, viabilizando a exportação do Minério de ferro através do Porto do Itaqui.

Como presidente da República, fez a abertura democrática, conseguindo a transição do poder militar para o civil sem derramar uma única gota de sangue. Restabeleceu a liberdade de expressão e plantou um novo sorriso no rosto do povo brasileiro. 

Por essas razões, com a idade provecta em que hoje se encontra, Sarney é respeitado e reconhecido no Brasil e no mundo, como a maior expressão política do Maranhão, além de uma um grande vulto também  na literatura. 

No próximo 24 de abril, o estadista completará 90 anos. Portanto, merece no mínimo o nosso respeito. 

J. J. Pereira- jornalista MTB 00613JP é curto e grosso.

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