ME DEIXA
Me deixa ao menos por alguns instantes
Ser teu servo, teu rei, teu bandido, teu amante
Sentir do teu olhar um enigmático açoite.
E sobre o teu leito, em teus braços perfumados
Para que ouvindo e sentindo o teu ressonado
Eu possa viver a mais sublime das noites.
Me deixa de novo, me deixa por favor!!!
Repetir àquele lindo e adocicado amor
De cujos momentos sinto muitas saudades.
Não quero que os nossos sentimentos
Se percam nas asas do esquecimento
Deixando em troca a dor e a ansiedade.
Me deixa querida, pelo menos relembrar
Quando um dia sorrindo você queria chorar
Lembras, daquela tarde fagueira e ensolarada?
Hoje, a tinta do tempo não me roubou a imagem
E nesses quarenta e um anos de viagem
Você tem sido mãe, avó e esposa dedicada.
E agora, verdadeiramente já me cresce a crença
Que podemos sentir paz em nossas consciências
Pois cumprimos fielmente a nossa sublime missão.
Portanto, antes que nossas vozes fiquem roucas
Me deixa sentir o hálito delicioso da tua boca
E te abraçar, te beijar com alma, corpo e coração
J. J. Pereira- é poeta
São Luis-Ma, 18.12.14 as l6:05 hs
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